Vaidades e personalismos arrogantes
Vivemos em tempos de flagrantes filhos de mentiras, camuflando perfeições profissionais ou morais nas vaidades do orgulho infundado e do apetite desordenado pela glória egocêntrica, que é vaidade em termos de teologia moral.
Mas se transcende contra o bem comum, suas consequências assumem outro aspecto de consequências agravantes muito possíveis.
O vão castiçal público acaba no personalismo que identifica a autoridade legítima com o autoritarismo tirânico e isso o leva a ver em cada lei uma humilhação à “dignidade” de sua pessoa, apenas por vir de fora, por mais justa e necessária que tal lei ser.
O “personalismo” destrói a única natureza humana para colocar em cada pessoa sua própria norma moral, de modo que a individualidade do sujeito repudia a universalidade de sua própria natureza.
Para serem meritórios, os atos humanos devem partir do homem como livres (ato humano) e, para serem moralmente bons, devem conformar-se à lei natural e divino-positiva do Decálogo.
O “personalismo” (por isso é arrogante). Em vez de colocar na pessoa o sujeito da responsabilidade moral, coloca na pessoa a autoria da lei moral, transformando assim o objeto do bem em sujeito de seu subjetivismo egoísta e pretensioso.
Sua norma não é agir bem, mas agir em liberdade ilimitada, transformando o meio para o bem em um fim em si mesmo, sem olhar para o objetivo perseguido do bem objetivo.
A anulação da autoridade é o próximo passo e o vazio de poderes em sua consequência imediata.
O “personalismo” não acaba exaltando a personalidade humana, mas exaltando a individualidade anárquica, e a pessoa acaba sendo absorvida pelo subjetivismo deificado.
Daí vêm as falácias, eufonias vazias e sofismas engenhosos com tentativas auto justificadoras de aberrações que violam a lógica, a moralidade e o mais óbvio senso comum.