O mundo quer que sejamos felizes, “Coringa” um filme para pensar.
Finalmente o filme solo do vilão Coringa, só que desta vez com um algo a mais e muito perturbador.
Neste filme que se tornou uma grande surpresa Arthur Fleck é um homem com distúrbios mentais e uma risada patológica, normalmente causada por algum trauma físico onde o cérebro é afetado de uma maneira que as emoções se confundem, o que leva o personagem a gargalhar, descontroladamente, até mesmo em situações de tensão, raiva ou tristeza, torna o filme ainda mais denso, pesado e perturbador.
“Minha mãe sempre me fala para sorrir e fazer uma cara alegre. Ela disse que eu tinha um propósito: trazer risos e alegria ao mundo”. – Arthur (Coringa)
Esta frase é se suma importância… Leia de novo e veja se não se encaixa com um mundo onde tentam nos enfiar, goela abaixo, positivismo, alta performance e bem-estar o tempo todo.
É impossível ser feliz sempre, qualquer pessoa com o mínimo de consciência é capaz de assumir isso, mas infelizmente a tristeza é algo que o mundo tenta sufocar, como uma forma – nada eficaz, diga-se de passagem – de ser feliz, e o piro é que não são poucos aqueles que desenvolvem transtornos mentais porque tentam, a todo custo, sufocar os próprios sentimentos, sem perceber que assim sufocam também a si mesmos.
“A pior parte de ter uma doença mental é que as pessoas esperam que você se comporte como se não tivesse”. – Arthur (Coringa)
Vivemos em um mundo que nos cobra sorrisos, alegria, saúde física e mental e aceitação o tempo todo, o que nos leva a ser cada vez mais o que exigem e cada vez menos a nossa essência.
Veja o filme com uma visão critica e não fique impressionado se no final você comece a entender que precisamos exercitar, diariamente, a empatia. Precisamos olhar para nós e para o outro com o devido cuidado. Precisamos nos atentar a tudo que nos machuca ou machuca o outro, não com o intuito de revidar, mas de procurar a cura.